Mercado do açúcar se recupera, mas ainda opera sob pressão de ampla oferta global 631a4i
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O mercado do açúcar segue em recuperação nesta segunda-feira (02), com o contrato julho/25 negociado a 17,21 cents de dólar por libra-peso, alta de 0,94% na bolsa de Nova Iorque. O contrato outubro/25 é cotado a 17,39 cents, com avanço de 0,93%. Segundo atualização da Safras & Mercado, o tom negativo observado em abril se estendeu durante o mês de maio, refletindo expectativas de ampla oferta global ao longo da temporada 2025/26. Conforme estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção global de açúcar deve alcançar 189,318 milhões de toneladas em 2025/26, contra 180,754 milhões de toneladas em 2024/25, um crescimento de 4,73%. No mesmo relatório, o USDA projeta que o consumo global do adoçante será de 177,921 milhões de toneladas em 2025/26, ante 175,435 milhões estimadas para 2024/25, aumento de 1,4%. Com isso, o excedente global de oferta de açúcar deve mais que dobrar, ando de 5,319 milhões de toneladas em 2024/25 para 11,397 milhões de toneladas na temporada seguinte.
Além disso, o mercado acompanha ainda a dispara do petróleo nesta segunda-feira, com os preços subindo mais de 4% tanto no WTI, quanto no brent. No mesmo momento, o dóalr index trabalhava em queda no cenário internacional, abaixo dos 99 mil pontos.
No Brasil, a produção deve crescer e alcançar o recorde de mais de 45 milhões de toneladas, impulsionada por condições climáticas mais favoráveis nas lavouras de cana-de-açúcar. Na Ásia, a Tailândia deve produzir 10,3 milhões de toneladas, alta de 2%, reflexo de ganhos na produtividade e no volume de cana. A Índia também deve apresentar crescimento expressivo na produção, com aumento superior a 25%, totalizando 35,3 milhões de toneladas. O avanço decorre de clima favorável e expansão da área plantada.
Para o analista Maurício Muruci, da Safras & Mercado, os dados mais recentes da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) mostram queda na qualidade e quantidade da cana processada e contribuem para uma certa sustentação de preços no curto prazo, embora limitada. "O mercado de Nova Iorque vinha sendo pressionado por múltiplos fatores de baixa, e os números da Unica agora apenas ajudam a estancar um pouco essa queda", explica.
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