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Lagarta do Cartucho voltou a ocupar lugar de destaque no complexo de pragas da cultura do milho 613cj

Publicado em 06/05/2025 14:23 e atualizado em 07/05/2025 08:27
Especialista destaca que plataformas de biotecnologia disponíveis hoje no mercado estão diminuindo significativamente sua eficiência

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A safrinha de milho 2025 reacendeu o alerta dos produtores rurais com relação ao controle de pragas, especialmente das lagartas. A Spodoptera frugiperda, conhecida como lagarta-do-cartucho, voltou a dominar o cenário e já está presente em praticamente todas as áreas cultivadas no país, com relatos de controle difícil e crescente resistência às tecnologias disponíveis. 

Para o especialista na cultura do milho, Paulo Garollo, a biotecnologia baseada em proteínas Bt, que por anos contribuiu para o controle dessas pragas, vem mostrando sinais de perda de eficiência. “Infelizmente, sem a adoção do refúgio, essas tecnologias estão fadadas a durar pouco tempo. Os produtores têm voltado a fazer aplicações de defensivos quase no mesmo volume de antes da chegada da biotecnologia”, afirma. 

Garollo também chama atenção para a lagarta-da-espiga (Helicoverpa zeae), que tem aparecido com mais frequência e agressividade, dificultando o controle. Já o pulgão-do-milho (Rhopalosiphum maidis), além dos danos diretos por sucção da seiva, favorece o surgimento de doenças como a fumagina, aumentando ainda mais a complexidade do manejo. 

Alex Federich, gerente de Marketing de Culturas da Syngenta, também reforça este aumento da pressão de pragas nesta safra. “As condições climáticas e o crescimento da área cultivada com milho safrinha criaram um ambiente propício para o avanço de pragas como a lagarta-do-cartucho, percevejos e cigarrinhas”, diz. 

Para enfrentar esse cenário, Federich destaca soluções como o tratamento de sementes, além de um portfólio robusto para o manejo químico e biológico para o controle integrado. 

Além do desafio das pragas, Garollo alerta para o aumento de doenças fúngicas na cultura. Ele recomenda atenção à qualidade da palhada, que pode servir como abrigo para esporos por mais de 12 meses.  

“A maior parte dos fungos que afetam o milho são necrotróficos. A palhada contaminada compromete a sanidade da próxima safra”, aponta. 

Mesmo na reta final do ciclo, os especialistas reforçam que o monitoramento das lavouras continua sendo fundamental. Algumas pragas ainda podem comprometer a produtividade e a qualidade dos grãos. “A vigilância precisa ser constante, do início ao fim da lavoura”, reforça Federich. 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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