Três suspeitas de gripe aviária de alta patogenicidade são descartadas no Brasil 6h285b
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Em entrevista coletiva à imprensa para atualização da situação de emergência da gripe aviária, realizada no final da tarde desta segunda-feira (19) o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, pontuou que três dos seis casos de gripe aviária que estavam em investigação foram descartados. A 'lupa' sobre os casos da doença veio após a confirmação, na sexta-feira (16) do primeiro caso dinfluenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial no Brasil, em Montenegro, no Rio Grande do Sul.
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Destas seis, no Mato Grosso, em Nova Brasilândia, Grancho Cardoso, no Sergipe e Triunfo no Rio Grande do Sul, que tinham casos suspeitos em aves de subsistência, testaram negativo para a influenza aviária de alta patogenicidade. Ipumirim, Santa Catarina e Aguiarnópolis, no Tocantins, que são suspeitas em granjas comerciais, seguem em análise, assim como Salitre, que é ave de subsistência, também em análise.
De acordo com o ministro Fávaro, os impactos ainda são muito relativos, porque cada país tem um protocolo de suspensão, e há a dúvida de quanto tempo vai durar. “A nossa perspectiva é que na amanhã (quarta-feira (20) desinfete o segundo aviário em Montenegro, no Rio Grande do Sul, onde foi detectado o caso em granja comercial, e a partir daí é o marco zero, com o ar dos dias, muitos países podem começar a regionalizar, mesmo sem chegar aos 28 dias (quando, se não for detectado nenhum caso da doença, o país é declarado livre da IAAP)”.
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De cerca de 160 países que importam produtos avícolas do Brasil, 11 países se manifestaram sobre a suspensão das importações pelo Brasil. Suspenderam as importações do Brasil todo: México, Coreia do Sul, Chile, Canadá, Uruguai, Malásia e Argentina. Fechamento para o Estado do Rio Grande do Sul: Cuba, Bahrein. Embargo para o Município de Montenegro: Japão. Para o raio de 10km: Cingapura.
Há países que o protocolo preconiza o fechamento do país todo, como a China, África do Sul, Rússia, República Dominicana, Peru, Bolívia, Marrocos, Sri Lanka, Paquistão e Unjião Europeiapor exemplo, que não se manifestaram, mas o Brasil parou de emitir o certificado, por exemplo.
“O sistema de defesa agropecuária brasileiro é, sem sombra de dúvidas, o melhor sistema mundial. Alguém pode ter igual, mas eu ainda não vi um sistema de defesa agropecuária assim. Esse vírus circula pelo mundo há pelo menos 19 anos e não dá para dizer que neste tempo todo é coincidência não ter entrado em plantel comercial no Brasil. Aqui no Brasil foram após exatos 2 anos depois de aparecer em aves silvestres no Espírito Santo que aconteceu numa granja comercial, e era inevitável que isso um dia iria acontecer. O sistema é robusto também pela transparência e a força do sistema dos bloqueios, e isso vai ser uma contraprova da eficácia do nosso sistema”, disse o ministro.
Conforme disse Fávaro durante a entrevista coletiva, o Brasil busca junto aos parceiros comerciais oficializar tratados de regionalização, mas em uma crise como esta, a importância inicial é ter transparência de que o foco foi contido naquele local. “Isso é um ativo de convencimento para que os países importadores adotem a regionalização. Estamos construindo a credibilidade do sistema brasileiro”, afirmou.
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Sobre o reforço orçamentário para o combate da doença, o ministro afirmou durante a entrevista que “ainda não há necessidade”.” O que iremos discutir, talvez, é que temos poucas emergências sanitárias no Brasil, como a monilíase do cacaueiro, mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae) e "vassoura-de-bruxa" da mandioca, e agora, na área animal. Mas agora, principalmente estas no Norte do país, podemos pensar em juntar as quatro, e fazer um reforço orçamentário, que não deve ser grande”.
Em relação aos preços da carne de frango no Brasil, o ministro deu o exemplo do caso de Doença de Newcastle no ano ado em Anta Gorda, no Rio Grande do Sul, em que “os preços não baixaram, e como estamos confiantes de que este foco será contido dentro do raio nos 28 dias, esperamos a volta gradativa à normalidade”.
“Além disso, 70% da produção de carne de frango já fica no mercado interno, então não há um impacto tão grande como se fosse fechar todo o mercado brasileiro. Eu quero crer que o impacto no preço dos alimentos não será tão grande, nem para cima, nem para baixo. Acredito muito mais na estabilidade”, afirmou Fávaro.
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