Controle do canal está fora de questão em conversas com Rubio, diz presidente do Panamá 2e4x1o
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Por Elida Moreno
CIDADE DO PANAMÁ (Reuters) - O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, descartou nesta quinta-feira debater o controle do Canal do Panamá em encontro com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, que deve visitar o país da América Central neste fim de semana, na sua primeira viagem internacional no cargo.
Os comentários de Mulino, durante coletiva de imprensa, ocorrem depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçar assumir o controle do canal, alegando que ele está sendo operado pela China. O governo panamenho nega veementemente essa acusação.
"Não posso negociar e muito menos abrir um processo de negociação sobre o canal", disse Mulino. "Isso está selado. O canal pertence ao Panamá."
O canal, uma hidrovia artificial de 82 km que conecta os oceanos Pacífico e Atlântico e é fundamental para os fluxos comerciais globais, é operado pela Autoridade do Canal do Panamá, agência autônoma supervisionada pelo governo panamenho.
Os Estados Unidos construíram o canal no início do século20 e entregaram o controle ao Panamá em 1999, duas décadas após a de um conjunto de tratados garantindo sua neutralidade permanente.
Trump afirmou, no entanto, que esse tratado está sendo violado, alegando, sem oferecer provas, que a China controla o canal e tem soldados ali. Ele também alega que os EUA estão pagando tarifas abusivas pelo trânsito no canal.
"Não recebi absolutamente nenhuma informação da embaixada dos EUA no Panamá ... nem do secretário de Estado, com quem trabalhamos juntos em questões de migração, sobre a suposta presença militar de outro país no canal", acrescentou Mulino.
"O Canal do Panamá é controlado pelo Panamá e sua istração sempre esteve nas mãos panamenhas", disse ele.
Mulino acrescentou que o país tem muitos outros assuntos a discutir com Rubio, como imigração e tráfico de drogas.
Embora o canal seja operado pelo Panamá, dois portos nas entradas do Atlântico e do Pacífico são operados pela empresa de Hong Kong CK Hutchinson, de capital aberto, enquanto outros portos próximos são operados por empresas privadas dos Estados Unidos, Cingapura e Taiwan.
Questionado se o Panamá poderia remover as concessões de empresas ligadas à China, Mulino afirmou que isso não está em questão e lembrou que o governo está esperando o resultado de uma auditoria sobre os pagamentos da CK Hutchinson ao Estado, levada a cabo logo após as acusações de Trump.
"Este não é um país que tira e quebra leis. Se eu fizer isso porque são empresas chinesas ou tirar uma concessão assim porque alguém me pediu, esse não é o clima que queremos projetar como país para os investidores estrangeiros", disse. "O Panamá respeita o Estado de Direito."
(Reportagem de Elida Moreno)
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