Com abril garantindo preços, pecuarista começa a monitorar clima, desova e confinamento para tentar alinhar período e condições 5e10c

Publicado em 04/04/2019 18:08
Sem mudanças, estoque de boi acabado além de curto também tem vendas cadenciadas, com os frigoríficos em dificuldades para compras básicas.
Gustavo Rezende Machado - Analista da Agrifatto

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Entrevista com Gustavo Rezende Machado - Analista da Agrifatto sobre o Mercado do Boi Gordo 6x4ou

 

 

No estado de São Paulo, as referências para o mercado do boi gordo continuam firmes devido à falta de oferta de animai. Com relação ao mercado físico, os preços para o boi gordo estão ao redor de R$ 157,00/@ a R$ 157,50/@, mas tem negócios sendo realizados acima desses patamares.

De acordo com o analista da Consultoria Agrifatto, Gustavo Rezende Machado, a falta de oferta se dá pelo fato de alguns pecuaristas estarem segurando os animais e realmente a escassez de animais prontos para o abate. “É um pouco dos dois fatores, pois teve uma estiagem mais prolongada no início deste ano e deve atrasar a oferta de animais no final desta safra”, afirma.

Ao mesmo tempo, as pastagens se recuperaram e apresentam boa qualidade nas principais regiões. “Eu conversei com um produtor do Mato Grosso do Sul que relatou que o pasto está verde só que ele está seco. Então, ele consegue segurar os animais por mais tempo”, ressalta.

No estado do Mato Grosso do Sul, as referências balcão estão próximas de R$ 145,00/@. Já em Goiás, os preços estão girando ao redor de R$ 147,00/@, mas alguns negócios foram fechados a R$ 149,00/@.  Em Minas Gerais, tem valores maiores com premiações acima do que o estado de São Paulo, mas a arroba está cotada em torno de R$ 153,00 a R$ 155,00.

“Em Mato Grosso varia muito as negociações, mas os últimos contratos foram fechados a R$ 142,00/@ e Rondônia ao redor de R$ 138,00/@. Tem variações regionais, sendo que em algumas localidades as ofertas estão mais estreitas e tem uma dificuldade clara dos frigoríficos conseguirem alongar as escalas de abate”, comenta.

Por: Giovanni Lorenzon e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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